ÁGUA E ESGOTO: Uma questão civilizatória!

Na idade média, as pessoas despejavam seus dejetos na rua, ao ar livre e conviviam com isso. Eram tempos estranhos, em que os homens procuravam a salvação divina, mas não sabiam cuidar dos seus excrementos.
PLANTAR! PLANTAR! PLANTAR!

Eu tenho plantado muito no decorrer de minha vida. Eu calculo, de modo geral, que já plantei e semeei cerca de 27.500 árvores com minhas próprias mãos. Se for contar as que eu viabilizei o plantio, creio que passam de 120 mil.
ÁRVORE É TUDO DE BOM!

Volto a bater nessa tecla e tocar essa melodia. Não me canso de falar e fazer essa sinfonia de plantio de árvores.
DEFENDAM O SUS! Ele merece!

Todo o Brasil, e até o mundo, testemunhou o papel do SUS no enfrentamento da pandemia do coronavírus. Seja pela ação de seu “exército do jaleco branco”, dedicado até à exaustão, seja pela utilização de sua rede capilar de Unidades de Saúde construídas em décadas, seja pela ação de grande número de gestores da tripartite (Comissão Gestora do SUS). Não podemos prever a dimensão da tragédia se não fosse a ação do SUS na Pandemia. É possível que tivéssemos o dobro ou mais que as 650 mil mortes que tivemos. O povo brasileiro viu, reconheceu e louvou o SUS. Pois bem! Nosso Sistema Público de Saúde vem sendo construído há muitas décadas, com a participação de milhares de profissionais de saúde que propuseram e implantaram o SUS, gestores públicos comprometidos e parcela significativa da população que participou das lutas sociais pela saúde pública. A Constituição de 1988 e as Leis complementares criaram o Sistema que gradativamente foi sendo implantado no Brasil. Os números são astronômicos: Só Unidades Básicas de Saúde são 45mil; são cerca de 50 mil equipes de saúde da família. O SUS faz mais de 480 milhões de consultas médicas e mais de 3 bilhões de procedimentos e exames todo ano. Faz 4 milhões de partos, cerca de 11 milhões de internações por ano. O SUS tem que fazer promoção e prevenção em saúde. Assim, nosso sistema nacional de vacinação é o melhor do mundo e toda vigilância sanitária e epidemiológica é feita pelo SUS. É realmente um trabalho gigantesco e grandioso. Sendo assim, onde mora o problema do SUS, que ainda não assiste com a dignidade exigida os mais de 150 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do atendimento público??? São duas as causas desse problema: subfinanciamento (e de alguns anos pra cá, desfinanciamento mesmo) e gestão, seja por despreparo dos gestores, seja por desvios de recursos em atos de corrupção. O sub (des) financiamento do SUS é crônico e existe desde sua fundação. Tem altos e baixos, mas o baixo financiamento sempre preponderou. Tivemos um momento histórico quando foi aprovada a Emenda 29, que vinculou as verbas para a saúde em outubro de 2000. Eu era na ocasião, Presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Brasil (CONASEMS), e participei ativamente da pressão democrática e legitima no Congresso Nacional para aprovar a Emenda 29, que teve autoria dos então deputados Eduardo Jorge e Carlos Moscovi. Daí, houve um aporte significativo de recursos ao SUS, que ajudou a mantê-lo vivo nos anos seguintes. Mas, o Governo Federal, a partir de 2003 começou a tirar o corpo fora. Ele que chegou a arcar com 65% dos recursos no passado, hoje participa com 43% do bolo de recursos, jogando a carga para os Estados e Municípios. De 2004 a 2015 o Governo Federal congelou 280 bilhões de reais do orçamento da saúde. Boa parte dos municípios brasileiros coloca hoje o dobro, ou mais, que os 15% mínimo que prevê a Constituição. Para se ter uma ideia de onde chegou o desfinanciamento do SUS, ele hoje tem, somados as verbas federais, estaduais e municipais, R$3,87 por brasileiro/dia, para fazer sua missão de promoção e prevenção em saúde, cura e reabilitação. É simplesmente irrisório. É ridículo!!! Hoje, para se ter uma ideia, temos uma grave crise no atendimento às especialidades, exames mais complexos e assistência farmacêutica. Há uma enorme dificuldade em várias áreas da assistência, e cito aqui três: a cardiologia, a oncologia e a nefrologia. Para se ter uma ideia, uma hemodiálise custa R$314,00 por sessão, e o Ministério da Saúde repassa R$219,00 por sessão. Há um rombo de R$ 95,00. São 150 mil brasileiros que para manterem a vida, fazem 3 sessões de hemodiálise por semana. Em 2015, no governo Dilma, o Congresso aprovou e ela sancionou a Lei que permite a entrada do capital estrangeiro na saúde do Brasil. Isso descompensou ainda mais o Sistema, pois o poder financeiro dos estrangeiros é enorme, e seu interesse é comercial e não assistencial. No Governo Temer em 2016, aprovou-se o famoso teto de gastos, que atingiu a saúde. Foi o golpe fatal. E agora, no Governo Bolsonaro, o Ministério da Saúde tem uma política de saúde errática e mal-intencionada, com arrocho no financiamento e péssima gestão, o que ficou amplamente demonstrado no enfrentamento da pandemia. O SUS também teve, no decorrer do tempo um aumento dos problemas de gestão. Somando-se ao desfinanciamento que já é letal, temos visto aumentar os gestores que não tem familiaridade e preparo para gerir o SUS. Além disso, vemos também, aumentar as denúncias e as ações de desvio de recursos do SUS, pelo Brasil afora. Um bom exemplo disso são as emendas secretas e suspeitas dos parlamentares. Por tudo isso, o SUS, patrimônio da Saúde Pública brasileira, sem o qual o povo estaria desassistido, passa cada vez mais dificuldades que vão distorcendo e inviabilizando suas atividades. O financiamento precisa ser retomado!!!! E a gestão precisa de um banho de competência e moralidade. A começar pelo Ministério da Saúde. Para que isso aconteça é preciso que cada pessoa no Brasil, não só entenda a importância do SUS para a vida da população, como esteja disposta a formar uma grande corrente de pressão popular, como já fizemos antes, para exigir do Governo, do Congresso, do Judiciário, enfim do Estado Brasileiro que busque os caminhos e destine mais recursos, dinheiro novo para o Sistema, e melhore os mecanismos de controle e auditoria, para avançar na modernização e moralização da prestação de serviços. O SUS, com todas as dificuldades provê vida e saúde ao povo brasileiro. Está na hora do povo brasileiro exigir as devidas condições para o SUS agir e sobreviver. Viva o SUS!!! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista
Brasil joga fora seu futuro ao desmatar, diz Bracher

Brasil joga fora seu futuro ao desmatar, diz Bracher Ao desmatar o Brasil joga fora sua maior riqueza, sua credibilidade e seu futuro, diz Candido Bracher Por Daniela Chiaretti — De São Paulo “Isso é o paroxismo da desonestidade e da loucura”, diz Candido Botelho Bracher, que há um ano deixou a presidência do maior banco da América Latina, o Itaú Unibanco, e tem se dedicado, entre outras atividades, a estudar e escrever sobre crise climática e questões ambientais. Ele se refere à justificativa do PL 191/2020 que abre a exploração de terras indígenas para petróleo, gás, mineração, pequenas e grandes hidrelétricas e até ao cultivo de transgênicos, ganhou regime de urgência para votação na Câmara e vem sendo defendido pela base governista como a solução para a crise dos fertilizantes provocada pela guerra na Ucrânia. “Claramente é uma desculpa. Uma má desculpa”, diz. “A grande riqueza do Brasil, no próximo ciclo de baixo carbono, é a sua possibilidade de capturar carbono da atmosfera através da preservação de suas florestas e da recuperação das áreas degradadas. E as terras indígenas são as mais preservadas, é onde há menos desmatamento”, segue. “Está se indo atingir justamente aqueles lugares onde a política de preservação tem tido êxito. É uma insanidade”. Nesta entrevista concedida ao Valor em dois momentos, antes e depois do ataque russo à Ucrânia, Bracher falou do tema que o preocupa há anos – a crise climática. “O perigo do aquecimento global não diminuiu nada porque surgiu um perigo mais imediato”, diz, referindo-se à guerra. E compara: “Para a guerra na Ucrânia, o Brasil pode fazer pouco. Mas para o aquecimento global, o Brasil é peça central.” O executivo, que junto com seus pares no Santander e Bradesco criou o Plano Amazônia para ajudar a promover a economia de baixo carbono, diz que ao desmatar o Brasil joga fora sua maior riqueza, sua credibilidade e seu futuro. “Se o preço de transgredir é nenhum, aquele que cumpre o desejado perde a competição para o outro. Aplicar a lei é fundamental e o Estado brasileiro está falhando terrivelmente nisso”, diz Bracher, que hoje integra os conselhos de administração do Itaú Unibanco, da Mastercard e do Instituto Acaia. Aqui ele fala dos impactos da guerra para o Brasil, dos desafios das práticas ESG para as empresas e da transição do setor financeiro entre outros temas. A seguir, alguns trechos da entrevista: Valor: Como o senhor está vendo a invasão da Ucrânia pela Rússia? Candido Bracher: Assisto à guerra com profunda tristeza e indignação, além de um sentimento de impotência diante de eventos que podem alterar o curso da história. Se há algo de positivo a se observar é a intensidade da reação do mundo, diante da percepção de injustiça e do risco que a agressão russa apresenta. Espero que o mundo mostre a mesma determinação para combater o aquecimento global, cujas consequências para a humanidade podem ser tão ou mais danosas que as da guerra. Valor: Quais poderão ser os impactos para o Brasil? Bracher: Nenhuma guerra é boa. Toda guerra traz empobrecimento ao mundo e só provoca destruição. As sanções machucam dos dois lados. Machucam mais a Rússia, mas quem impõe a sanção também sai machucado. O mundo inteiro crescerá menos. Ainda está muito incerto qual será a duração e a intensidade da guerra, mas já dá para ver que haverá uma perda grande. Ouvi o historiador Niall Ferguson (escocês baseado nos Estados Unidos) estimando a queda do PIB da Rússia este ano em 30%, o que é um negócio extraordinário. Só para comparar, o PIB do Brasil, em 2020, caiu 4%. Há os que perdem mais e os que perdem menos. Valor: Qual é o caso do Brasil? Bracher: Acho que é dos que perde menos, porque é produtor de commodities e elas se valorizam. Não somos mais importadores de petróleo. Mas se o preço das commodities se valoriza, a produção pode cair. Teremos mais dificuldades de importar fertilizantes e nossa produção pode ser menor. O aumento do preço do petróleo e das commodities reforça as tendências inflacionárias no Brasil. O reforço da inflação pode fazer com que as taxas de juros tenham que ficar altas por mais tempo e isso diminui o crescimento. A guerra é ruim e ponto. O perigo do aquecimento global não diminuiu nada porque surgiu um perigo mais imediato [a guerra]” Valor: Abrir a exploração de minérios em terras indígenas, como está no PL 191 que tramita na Câmara, é uma desculpa para escassez de fertilizantes que a guerra traz? Bracher: Isso é o paroxismo da desonestidade e da loucura. Não há evidências de fósforo ou potássio em terras indígenas na Amazônia, então, claramente, é uma desculpa. Uma má desculpa. A grande riqueza do Brasil, no próximo ciclo de baixo carbono, é a sua possibilidade de capturar carbono da atmosfera através da preservação de suas florestas e da recuperação das áreas degradadas. E as terras indígenas são as mais preservadas. Quando a gente vê onde mais há desmatamento é em terras públicas não destinadas. Nas terras indígenas é onde há menos desmatamento. Está se indo atingir justamente aqueles lugares onde a política de preservação tem tido êxito. É uma insanidade. Valor: Como o senhor vê a agenda da mudança climática agora, com a guerra na Ucrânia? Bracher: O perigo do aquecimento global não diminuiu nada porque surgiu um perigo mais imediato. O fato de ter surgido uma ameaça mais imediata não atenua a dor nem as consequências da outra. Nós não podemos nos despreocupar da questão ambiental porque surgiu um medo maior. Isso cria um diversionismo e as atenções se voltam para isso, o que é natural. Mas não podemos deixar que diminua a preocupação com a questão ambiental que, ao contrário, já está muito aquém do necessário para contermos o perigo. Há algo interessante nisso. Valor: O quê? Bracher: A capacidade de os países abrirem mão de interesses imediatos, de curto prazo, por um objetivo coletivo. Há poucos precedentes disso na história do
PAZ, QUE TE QUERO EM PAZ!
Participei de um encontro virtual da FAPESP, coordenada pelo climatologista brasileiro Paulo Artaxo, sobre o 6° Relatório do IPCC. É aterrador! Sem alarmismos!
Carta da Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo sobre a Crise no Setor de Diálise

Atualmente, no Brasil, em torno de 150.000 cidadãos estão em tratamento crônico de diálise, segundo o último Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Considerando-se a incidência e a prevalência de pessoas em diálise em países com o mesmo nível de desenvolvimento que o Brasil, estima-se que exista um número não desprezível de pacientes que deveriam estar em tratamento, mas que não chegam às unidades de diálise por falta de acesso ao sistema de saúde. A hemodiálise é a modalidade predominante no país, responsável por 85% dos pacientes em tratamento. Em média, para cada indivíduo em hemodiálise, o tratamento constitui-se por 3 sessões por semana, com duração de 4 horas.
Sustentabilidade, um novo paradigma de vida

Para viver bem, o ser humano precisa de todos os elementos da natureza em plenas condições de consumo. O homem é responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta, seu maior poluidor e vítima. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 23% de todas as mortes estão ligadas a “riscos ambientais” como poluição do ar, contaminação da água e exposição a produtos químicos. Neste vídeo, o médico e ambientalista Gilberto Natalini, explica o que é sustentabilidade e a necessidade do uso responsável dos recursos naturais, para garantir manutenção da vida no Planeta. https://www.spdm.org.br/saude/galeria-de-videos/saude-e-meio-ambiente/item/3779-sustentabilidade-um-novo-paradigma-de-vida
VELHICE CIDADÃ 2.0 #velhicenãoedoenca

Como sabemos, a população do mundo está envelhecendo rapidamente. Pelas conquistas da ciência, da medicina e por melhor qualidade de vida, os seres humanos estão vivendo mais.
Grupo VELHICE NÃO É DOENÇA amplia atuação e se fortalece no Brasil

Encontro online com a participação de cerca de 100 pessoas de várias regiões do país marcou, hoje, a retomada do movimento do coletivo Velhice Não É Doença para 2022. Grupo, aliás, ampliado com a inclusão de profissionais de diversos segmentos (saúde, educação, comunicação, social, direitos, etc) e de entidades que atuam na área.