ORLANDO VILLAS-BÔAS: UM PARQUE (DES)ENCANTADO

Há quase 20 anos a Lapa lutou e conseguiu a implantação do Parque Orlando Villas-Bôas no bairro. Participei dessa luta desde o início aprovando uma Lei na Câmara Municipal de SP e articulando junto à Prefeitura e o Estado a criação do Parque, que por sinal ficou muito bom.
O TEMPO DAS CHUVAS CHEGOU

A ilha de Ísquia, em Nápoles, Itália, foi devastada por uma chuva violenta. As imagens são chocantes pelo tamanho da destruição por um fenômeno extremo das mudanças climáticas. Aqui no Brasil tem chovido bem, com destaque para Brasília e Santa Catarina, com precipitações intensas. De acordo com as previsões da meteorologia, o pior ainda não chegou.
ACESSO À COMIDA, DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS E DANOS AO CLIMA

Dura realidade, há uma contradição persistente que merece redobrada atenção. Organizados pela FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, os dados a seguir, com base no ano de 2020, longe de apresentar alguma novidade, são alarmantes e nos deixam perplexos: enquanto 811 milhões de pessoas passam fome e 132 milhões sofrem com as ameaças da insegurança alimentar, 14% da produção alimentar (para o caso de frutas e verduras, perde-se mais de 20%) mundial – equivalente a 400 bilhões de dólares – são desperdiçados todos os anos entre a colheita e a venda no varejo. Apenas três anos atrás, em 2019, 3 bilhões de pessoas (quase metade da população mundial) não podiam pagar por uma dieta saudável. Em termos gerais, desde 2014, ainda que lentamente, tem aumentado o número de pessoas afetadas pela fome. Ainda assim, a escala de perdas de alimentos, para não perder de vista esse odioso problema, deixa qualquer um entre perplexo e estarrecido, uma vez que, numa conta geral, representa inaceitáveis 931 milhões de toneladas de comida (o equivalente a 321 mil Maracanãs) que vão parar no lixo. O problema é que isso, falando o óbvio, se repete todos os anos. O Índice Global do Desperdício de Alimentos da ONU, de 2021, com base de dados apurados em 2019, estima em 121 quilos o desperdício de comida per capita anual. No todo, são 17% da produção total de alimentos do mundo que terminam na lata de lixo, ou 23 milhões de caminhões de 40 toneladas totalmente carregados de alimentos. Para um comparativo ainda mais assustador, se alinhados, esses caminhões dariam a volta na Terra sete vezes. No caso brasileiro, e isso também não é nenhuma novidade, somos um dos dez países que mais desperdiçam alimentos em todo o mundo: 30% da nossa produção é desperdiçada na fase pós-colheita (ou porque estão fora do prazo de validade ou porque apresentam aparência fora do padrão estabelecido pela legislação do Ministério da Agricultura). Mas há ainda outro detalhe não menos estarrecedor a ser mencionado. Seguindo de perto a perda final de alimentos, num planeta já deteriorado por tantos desajustes ecológicos, há o desperdício sequencial de vários recursos utilizados na produção alimentar. Quer dizer, uso da terra, enorme volume de água, energia e trabalho humano que jamais retornarão à cadeia produtiva. Portanto, o impacto ambiental e a extensão dos problemas, bem sabemos, são enormes e aumentam a preocupação com a questão ecológica que afeta – e muito – nosso lar coletivo. De toda maneira, sem abandonar a questão climática, tem mais um problema de igual importância, se não maior: A FAO/ONU estima que entre 8% e 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (notadamente óxido nitroso e metano) estão associados a alimentos que não são consumidos. De perto ou de longe, igualmente estarrecedor aqui, para além de todas as fortes evidências mostradas, é se dar conta que, se fosse um país, o desperdício de alimentos seria o terceiro maior emissor do planeta, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Inútil dizer, esse problema em particular, muito mais que um dilema cotidiano, arrasta consigo a possibilidade de se buscar alternativas plausíveis, tanto que o programa ambiental da ONU tem como meta reduzir pela metade o desperdício global de alimentos até 2030. Ainda assim, é preciso sempre identificar os pontos mais nebulosos que contribuem para ameaçar a estabilidade ecológica. Nessa mesma direção, infelizmente, longe da prática de consumo consciente (bandeira fundamental de nosso tempo que precisamos levantar a todo o momento), a maior parte do desperdício de alimentos, 61%, vem das famílias. Treze por cento vem do comércio (supermercados e pequenos estabelecimentos) e 26% vêm do setor de serviços, por exemplo, restaurantes e hotéis. Autores: Gilberto Natalini, Eduardo Jorge e Marcus Eduardo de Oliveira Foto: Freepik – Freepik.com
ENFIM UM AVANÇO NO AR PURO!

Em 2004, no meu 1° mandato na Câmara Municipal de São Paulo (CMSP), apresentei um Projeto de Lei para mudar os combustíveis dos ônibus da frota urbana da cidade, de combustíveis fósseis para renováveis. Como não tive garantias de sansão pelo Prefeito, nunca coloquei a Lei para ser votada em 2ª votação.
Vem aí a XXI Conferência de Mudanças Climáticas- Inscrições abertas

As mudanças climáticas já causam perturbações em toda as partes do mundo e na região metropolitana de São Paulo não é diferente.
DÍVIDA ECOLÓGICA
Nesses tempos dolorosos que vivemos, os fatos objetivos falam por si. Do ponto de vista ambiental, já atingimos um ponto crítico: a capacidade biofísica do mundo natural está comprometida devido a nossas ações (quase sempre, insustentáveis); quer dizer, o jeito como nos apoiamos nesse mundo e o modo econômico que assumimos para dar resposta aos nossos anseios de prosperidade. E como tudo tem consequência direta e imediata, não percamos a visão do todo: as mudanças ecológicas e climáticas que estamos passando refletem no desequilíbrio da cadeia ecológica que rege a vida na Terra, impactando severamente a sustentabilidade do planeta.
VENTANIAS DO BRASIL

Há algumas décadas, todos diziam que o Brasil era uma terra abençoada porque não tinha terremoto, furacão e outros desastres naturais. Esse tempo passou. No início desse século ocorreu o primeiro furacão no Brasil. Foi violento e aconteceu em Santa Catarina. Seu nome: Catarina. Dali para cá temos observado a repetição de ventos muito fortes, na forma de ciclones, tufões e furacões. Eles são mais frequentes e violentos no sul do país, mas já houve diversas ocorrências na Região Sudeste, com grande prejuízo humano e material. Ao lado desses fenômenos temos vivido também, e cada vez mais, as chuvas muito violentas, com enchentes devastadoras e mortais por todo o país. Períodos alternados de estiagens, muito prolongadas, que causam a morte de rios, lagos e alagados, prejudicando o fornecimento de água causando impacto no consumo humano, na agricultura e nas hidroelétricas. Devido a esses fenômenos temos visto também um aumento assustador das queimadas que destroem grandes áreas, matando animais e a vegetação. Há algumas décadas temos vivido tudo isso, que são fenômenos climáticos cada vez mais frequentes e extremos. O Brasil e o mundo, estão sofrendo o que se chama de emergência climática, fruto do aquecimento global. Vi uma pesquisa há algum tempo, onde 96% das pessoas se diziam preocupadas com a destruição ambiental em curso, mas só 27% se diziam dispostas a tomar uma atitude concreta para prevenir isso. Fiquei assustado e indignado com tamanha negligência. No Brasil, a devastação ambiental caminha a galope. As nossas leis (que são boas) são desrespeitadas ou mudadas, e o incentivo à predação ambiental parte do Governo Brasileiro, do próprio Presidente da República. Todos se sentem no direito de derrubar nossas florestas, de queimar nossos biomas, de envenenar o solo e as águas com agrotóxicos proibidos no mundo, com mercúrio nos garimpos criminosos, e nossos rios e mares, com esgoto humano e lixo doméstico. Também, de poluir nosso ar com combustível fóssil, de exaurir nossos recursos naturais, movidos por uma pobreza extrema (da maioria da população) ou pela ganância destruidora de parte considerável de nossos empresários. A pauta ambiental no Brasil tem sido “a primeira que apanha e a última que fala”. Até quando caminharemos nesses caminhos de loucura??? O Brasil já é considerado um pária ambiental por boa parte dos países. Logo nós, que temos todas as condições de ser vanguarda mundial em desenvolvimento sustentável, avançando na economia verde, combatendo a pobreza extrema e preservando o Meio Ambiente. Isso é absolutamente possível e necessário. Basta que os setores sociais se unam e se pronunciem, e exijam do governante de plantão que respeite e implante a agenda da sustentabilidade. Eu, da minha parte, vivo e trabalho para isso. Convido você a abraçar essa causa. Para nossa própria sobrevivência! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista
COMO EU PLANTO!

Faço plantios há muito tempo. Árvores nativas, frutíferas, ornamentais, hortaliças, flores e outras espécies. Plantar, assim como tratar pacientes, tornou-se uma rotina na minha vida.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: só não vê quem não quer

Há décadas que os cientistas, os climatologistas, as instituições internacionais e nacionais estão estudando, propondo, alertando sobre o aquecimento global e sua nefasta consequência, as mudanças climáticas.
BRASIL SUSTENTÁVEL

Não temos visto os candidatos à Presidência da República fazerem referência à Sustentabilidade. Poucos falam do assunto.