Gilberto Natalini SP

POR UMA SÃO PAULO MAIS SUSTENTÁVEL!

É inegável que nos últimos 30 anos, muitos paulistanos caíram na real, e se convenceram que a forma insustentável com que São Paulo se desenvolveu traz grande desconforto e má qualidade de vida para os que moram aqui, muito mais para os mais pobres, mas também para os mais ricos. Em 2017 lancei um livro em parceria com Marcelo Morgado, grande figura humana e técnica, com o título ”Por uma São Paulo mais Sustentável”, que compilou nossos estudos teóricos e nossa atuação prática sobre os problemas políticos, econômicos, sociais e ambientais de nossa metrópole. O livro tem 432 páginas de puro conteúdo, de amplo diagnóstico, de verdades constatáveis e ousadas, e de propostas compiladas num cardápio factível e utópico. Nossas ações na cidade datam de 50 anos. Elas estão resumidas, também, no livro “Lutas Sem Fim” de Luis Mir. Essas ações, que são milhares, se compõe desde a mobilização e organização das comunidades em todos os cantos da cidade para melhorar suas condições de vida, passando pelo estudo científico e empírico trabalho de pesquisa, propostas acadêmicas, propostas de políticas públicas, legislação aprovada, entre outros. Muitas de nossas proposições valeram e pegaram, agindo de forma positiva na vida de São Paulo. Como exemplos: a adoção da água de reuso para lavar ruas, a lei das doenças raras, a lei da psoríase, a Conferência P+L e Mudanças Climáticas, o trabalho com os idosos, entre outras muitas iniciativas. Mas, sabemos, que a insustentabilidade da cidade de São Paulo é imensa e histórica. Somente uma mobilização de TODAS as forças políticas e sociais poderá mudar significativa e paulatinamente essa realidade. O livro resume e aponta os caminhos: a permeabilidade do solo, o aumento da cobertura verde, o destino correto dos resíduos sólidos (lixo), a utilização das energias limpas (fotovoltaica), a eletrificação da frota urbana, o incremento das políticas públicas e privadas para diminuir a desigualdade social, a miséria, a dependência de drogas, são alguns dos muitos tópicos abordados no livro. Não sou um cientista. Sou ativista político e social, mas, procuro embasar minhas lutas e minhas bandeiras e conhecimento nos variados aspectos do saber. Foi isso que buscamos fazer, eu e o Marcelo na edição desse livro, que continua perfeitamente atual! Tenho tido sempre, como bandeiras gerais para o Brasil: – Democracia sempre; – Desenvolvimento econômico com proteção ao meio ambiente; – Equidade e justiça social com qualidade de vida; – Moralidade pública; Transportando essas bandeiras para a polis, defendo: – Democracia com participação popular; – Cidade sustentável e humanizada; – Políticas públicas eficientes de Meio Ambiente, Saúde, Educação, Habitação e Transportes. – Cuidados com o Urbanismo e a Zeladoria Urbana. Dessa maneira, mesmo tendo optado por deixar a atividade parlamentar, sigo lutando e defendendo as bandeiras que acredito, sempre, e para sempre. Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista Artigo Publicado na Orbis News- Jornalista Fausto Camunha

ÁGUA E ESGOTO: Uma questão civilizatória!

Na idade média, as pessoas despejavam seus dejetos na rua, ao ar livre e conviviam com isso. Eram tempos estranhos, em que os homens procuravam a salvação divina, mas não sabiam cuidar dos seus excrementos.

PLANTAR! PLANTAR! PLANTAR!

Eu tenho plantado muito no decorrer de minha vida. Eu calculo, de modo geral, que já plantei e semeei cerca de 27.500 árvores com minhas próprias mãos. Se for contar as que eu viabilizei o plantio, creio que passam de 120 mil.

ÁRVORE É TUDO DE BOM!

Volto a bater nessa tecla e tocar essa melodia. Não me canso de falar e fazer essa sinfonia de plantio de árvores.

Brasil joga fora seu futuro ao desmatar, diz Bracher

Brasil joga fora seu futuro ao desmatar, diz Bracher Ao desmatar o Brasil joga fora sua maior riqueza, sua credibilidade e seu futuro, diz Candido Bracher Por Daniela Chiaretti — De São Paulo “Isso é o paroxismo da desonestidade e da loucura”, diz Candido Botelho Bracher, que há um ano deixou a presidência do maior banco da América Latina, o Itaú Unibanco, e tem se dedicado, entre outras atividades, a estudar e escrever sobre crise climática e questões ambientais. Ele se refere à justificativa do PL 191/2020 que abre a exploração de terras indígenas para petróleo, gás, mineração, pequenas e grandes hidrelétricas e até ao cultivo de transgênicos, ganhou regime de urgência para votação na Câmara e vem sendo defendido pela base governista como a solução para a crise dos fertilizantes provocada pela guerra na Ucrânia. “Claramente é uma desculpa. Uma má desculpa”, diz. “A grande riqueza do Brasil, no próximo ciclo de baixo carbono, é a sua possibilidade de capturar carbono da atmosfera através da preservação de suas florestas e da recuperação das áreas degradadas. E as terras indígenas são as mais preservadas, é onde há menos desmatamento”, segue. “Está se indo atingir justamente aqueles lugares onde a política de preservação tem tido êxito. É uma insanidade”. Nesta entrevista concedida ao Valor em dois momentos, antes e depois do ataque russo à Ucrânia, Bracher falou do tema que o preocupa há anos – a crise climática. “O perigo do aquecimento global não diminuiu nada porque surgiu um perigo mais imediato”, diz, referindo-se à guerra. E compara: “Para a guerra na Ucrânia, o Brasil pode fazer pouco. Mas para o aquecimento global, o Brasil é peça central.” O executivo, que junto com seus pares no Santander e Bradesco criou o Plano Amazônia para ajudar a promover a economia de baixo carbono, diz que ao desmatar o Brasil joga fora sua maior riqueza, sua credibilidade e seu futuro. “Se o preço de transgredir é nenhum, aquele que cumpre o desejado perde a competição para o outro. Aplicar a lei é fundamental e o Estado brasileiro está falhando terrivelmente nisso”, diz Bracher, que hoje integra os conselhos de administração do Itaú Unibanco, da Mastercard e do Instituto Acaia. Aqui ele fala dos impactos da guerra para o Brasil, dos desafios das práticas ESG para as empresas e da transição do setor financeiro entre outros temas. A seguir, alguns trechos da entrevista: Valor: Como o senhor está vendo a invasão da Ucrânia pela Rússia? Candido Bracher: Assisto à guerra com profunda tristeza e indignação, além de um sentimento de impotência diante de eventos que podem alterar o curso da história. Se há algo de positivo a se observar é a intensidade da reação do mundo, diante da percepção de injustiça e do risco que a agressão russa apresenta. Espero que o mundo mostre a mesma determinação para combater o aquecimento global, cujas consequências para a humanidade podem ser tão ou mais danosas que as da guerra. Valor: Quais poderão ser os impactos para o Brasil? Bracher: Nenhuma guerra é boa. Toda guerra traz empobrecimento ao mundo e só provoca destruição. As sanções machucam dos dois lados. Machucam mais a Rússia, mas quem impõe a sanção também sai machucado. O mundo inteiro crescerá menos. Ainda está muito incerto qual será a duração e a intensidade da guerra, mas já dá para ver que haverá uma perda grande. Ouvi o historiador Niall Ferguson (escocês baseado nos Estados Unidos) estimando a queda do PIB da Rússia este ano em 30%, o que é um negócio extraordinário. Só para comparar, o PIB do Brasil, em 2020, caiu 4%. Há os que perdem mais e os que perdem menos. Valor: Qual é o caso do Brasil? Bracher: Acho que é dos que perde menos, porque é produtor de commodities e elas se valorizam. Não somos mais importadores de petróleo. Mas se o preço das commodities se valoriza, a produção pode cair. Teremos mais dificuldades de importar fertilizantes e nossa produção pode ser menor. O aumento do preço do petróleo e das commodities reforça as tendências inflacionárias no Brasil. O reforço da inflação pode fazer com que as taxas de juros tenham que ficar altas por mais tempo e isso diminui o crescimento. A guerra é ruim e ponto. O perigo do aquecimento global não diminuiu nada porque surgiu um perigo mais imediato [a guerra]” Valor: Abrir a exploração de minérios em terras indígenas, como está no PL 191 que tramita na Câmara, é uma desculpa para escassez de fertilizantes que a guerra traz? Bracher: Isso é o paroxismo da desonestidade e da loucura. Não há evidências de fósforo ou potássio em terras indígenas na Amazônia, então, claramente, é uma desculpa. Uma má desculpa. A grande riqueza do Brasil, no próximo ciclo de baixo carbono, é a sua possibilidade de capturar carbono da atmosfera através da preservação de suas florestas e da recuperação das áreas degradadas. E as terras indígenas são as mais preservadas. Quando a gente vê onde mais há desmatamento é em terras públicas não destinadas. Nas terras indígenas é onde há menos desmatamento. Está se indo atingir justamente aqueles lugares onde a política de preservação tem tido êxito. É uma insanidade. Valor: Como o senhor vê a agenda da mudança climática agora, com a guerra na Ucrânia? Bracher: O perigo do aquecimento global não diminuiu nada porque surgiu um perigo mais imediato. O fato de ter surgido uma ameaça mais imediata não atenua a dor nem as consequências da outra. Nós não podemos nos despreocupar da questão ambiental porque surgiu um medo maior. Isso cria um diversionismo e as atenções se voltam para isso, o que é natural. Mas não podemos deixar que diminua a preocupação com a questão ambiental que, ao contrário, já está muito aquém do necessário para contermos o perigo. Há algo interessante nisso. Valor: O quê? Bracher: A capacidade de os países abrirem mão de interesses imediatos, de curto prazo, por um objetivo coletivo. Há poucos precedentes disso na história do

PAZ, QUE TE QUERO EM PAZ!

Participei de um encontro virtual da FAPESP, coordenada pelo climatologista brasileiro Paulo Artaxo, sobre o 6° Relatório do IPCC. É aterrador! Sem alarmismos!

Sustentabilidade, um novo paradigma de vida

Para viver bem, o ser humano precisa de todos os elementos da natureza em plenas condições de consumo. O homem é responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta, seu maior poluidor e vítima. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 23% de todas as mortes estão ligadas a “riscos ambientais” como poluição do ar, contaminação da água e exposição a produtos químicos. Neste vídeo, o médico e ambientalista Gilberto Natalini, explica o que é sustentabilidade e a necessidade do uso responsável dos recursos naturais, para garantir manutenção da vida no Planeta. https://www.spdm.org.br/saude/galeria-de-videos/saude-e-meio-ambiente/item/3779-sustentabilidade-um-novo-paradigma-de-vida