Epilepsia: preconceito, discriminação e estigma

Apesar de atingir uma parcela considerável da população mundial (1% a 2% das pessoas) a epilepsia ainda é tratada com desrespeito, preconceito, discriminação. Tão antiga quanto a própria humanidade, a doença carrega o estigma social que, frequentemente, leva o paciente à marginalização e sérias dificuldades sociais como arranjar emprego, formar uma família e inserção na sociedade.

EEG

No Brasil estima-se que três milhões de pessoas, aproximadamente, têm epilepsia que é uma das mais complexas ocorrências neurológicas e, paradoxalmente, a mais comum. Trata-se de um grupo de transtornos neurológicos de longa duração caracterizados por ataques epilépticos recorrentes que podem ter duração e intensidade variáveis, desde os de curta duração e praticamente imperceptíveis até longos períodos de agitação vigorosa.
Na maioria dos casos a origem da doença é desconhecida, embora algumas pessoas a desenvolvam posteriormente a lesões cerebrais, AVC, tumores cerebrais, toxicodependência ou alcoolismo. O que se sabe é que o mal atinge, indiscriminadamente, pessoas de ambos os sexos, raça, idade ou condição social.
A propósito, em março do ano passado, o vereador Gilberto Natalini (PV/SP) – em parceria com a Associação Brasileira da Epilepsia (ABE) – realizou o I Encontro Municipal sobre Epilepsia, na Câmara Municipal de São Paulo.
“A partir desse encontro foi elaborada a Carta de Intenções em Epilepsia”, informou o vereador, que é médico, ao destacar a importância do documento: “o objetivo da Carta é a estruturação de ações efetivas a fim de dar continuidade à melhoria da assistência às pessoas com epilepsia na cidade de São Paulo”.
Dando sequência ao trabalho, a assessoria do vereador manteve reuniões com Secretaria Municipal da Saúde e a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) para o desenvolvimento de ações de Informação Populacional e Capacitação Profissional em Epilepsia, além do acolhimento às pessoas com epilepsia com a intervenção da SPTrans concedendo tarifa livre para elas.
Neste ano, as reuniões técnicas continuam no sentido da efetiva implantação das metas propostas para facilitar e acolher esses pacientes na rede pública, oferecendo uma linha de cuidados e atenção por meio de profissionais devidamente capacitados.

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