Lista de bens tombados pelo CONDEPHAAT no municipio de Sao Paulo

Conheça quais são os bens tombados no município de São Paulo.

Aclimação
PARQUE DA ACLIMAÇÃO E ÁREAS VERDES ADJACENTES
Rua Muniz de Souza, 1119 – Aclimação
Processo: 24832/86      Tomb.: Res. 41 de 2/10/86      D.O.: 7/10/86
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscrição nº 19, p. 305, 13/10/1986
O Parque da Aclimação foi implantado por Carlos José Botelho, filho do Conde de Pinhal, no final do século XIX. No local construiu uma granja leiteira, fornecedora de leite às famílias paulistanas, com gado que importou da Holanda, aclimatados em área com plantação de eucaliptos. Tornou-se centro de interesse de pecuaristas do Estado de São Paulo e sediou a 1a Exposição Estadual de Gado Aclimatado.
Nos anos 30, os Botelho iniciaram o retalhamento das terras adjacentes ao parque e, em 1939, a Prefeitura Municipal de São Paulo adquiriu-o.
Além de contar com bosques de eucaliptos, o parque apresenta cerca de 35 espécies de plantas, entre arbustivas e arbóreas como jequitibás, jacarandás, cedros, copaíbas, pau-ferro, pau-brasil, araribás, ipês, quaresmeiras, guapuruvus e paineiras, importantes para o abrigo à fauna existente e para conter os processos erosivos dos solos.
Fonte Processo de Tombamento
Foto Denis Heuri

Água Branca
INDÚSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO MATARAZZO
Avenida Francisco Matarazzo, 1.096 – Água Branca
Processo: 24263/85      Tomb.: Res. 14 de 5/6/86       D.O.: 6/6/86
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 253, p. 67, 23/1/1987
Implantada no início da década de 1920, as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo da Água Branca diversificaram as atividades produtivas do grupo, até então dirigidas basicamente à produção de farinha e tecidos, na área do Brás. A construção de um ramal ferroviário, perfeitamente integrado ao projeto da indústria, e a compra de duas locomotivas, em 1923, aperfeiçoaram o sistema de transporte da sua produção.
Atualmente, pouco restou da antiga fábrica. Muitos edifícios foram demolidos e outros permanecem abandonados, como é o caso do prédio das caldeiras. A Resolução SC-19 de 10/11/93 excluiu da relação de edifícios tombados três galpões situados ao lado da ferrovia.
Fonte C. L. A. Comunicações
Foto José Renato Melhem e Victor Hugo Mori

PARQUE FERNANDO COSTA
Entre as Ruas Ministro Godói, Turiassú, Germaine Buchard e Avenida Francisco Matarazzo – Água Branca
Processo: 23339/85      Tomb.: Res. SC 25 de 11/6/96       D.O.: 13/6/96
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 319, p. 80, 26/9/1996
Em 1905, a Prefeitura do Município de São Paulo comprou um terreno, mais tarde transformado em parque, com uma área de 91.781,27 m2, sendo ampliado, em 1910, para 126.556,14 m2. Em 1928, através de permuta, o governo estadual tornou-se proprietário da área do atual Parque Fernando Costa e à Prefeitura coube o prédio da Fazenda do Estado, no Parque do Ibirapuera.
A inauguração do parque se deu no dia 2/6/1929  e, entre os anos de 1939 e 1949, foi novamente ampliado em mais de 35.000 m2, através de desapropriações. Além das dependências destinadas às exposições de animais e às pesquisas, o parque possuía ainda um pequeno zoológico, tanques para peixes, aviário, caramanchão e vasta área verde, passando a ser procurado também para passeios.
As primeiras construções do parque são em estilo normando, projetadas por Mário Whately e decoradas com vitrais de Antonio Gomide.
Fonte Processo de Tombamento
Foto Tereza C. R. E. Pereira
 
Barra Funda
CASA DE MÁRIO DE ANDRADE
Rua Lopes Chaves, 546 – Barra Funda
Processo: 00427/74      Tomb.: Res. de 6/3/75      D.O.: 14/3/75
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 94, p. 12, 18/3/1975
A importância da preservação do imóvel em que morou Mário de Andrade está intimamente relacionada à sua vida e obra, cuja contribuição para a nossa cultura é inestimável. Versátil e culto, Mário de Andrade foi sem dúvida, como já afirmaram, "o espírito mais vasto do Modernismo". Sua atuação estendia-se por diferentes áreas como a música, a poesia, a ficção, a crítica literária e a pesquisa folclórica. É reconhecido também pelo seu empenho enquanto diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo e como colaborador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Redigiu em 1936, a pedido do ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, o anteprojeto de criação do Iphan, oficializado no ano seguinte.
O imóvel, sobrado geminado em estilo eclético, em alvenaria de tijolos, foi projetado por Oscar Americano, no início da década de 1920 e, atualmente, pertence à Secretaria de Estado da Cultura.
Fonte Arquivo Condephaat
Foto Tereza C. R. E. Pereira
MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA
Endereço: Av. Mário de Andrade, 664 – Barra Funda
Processo: 31592/94       Tomb.: Res. SC no 75 de 11/12/97      D.O 17/12/97
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 320, pp. 80 e 81, 22/1/1998
O Memorial da América Latina, inaugurado em 18 de março de 1989, foi criado com o objetivo de integrar e divulgar a cultura do continente. Compõe-se por um conjunto de edificações projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer,  distribuídas em uma área de 84.482,51m2, das quais 52.968,00m2 correspondem a edificações e áreas urbanizadas, cujo uso e função foram definidos pelo sociólogo Darcy Ribeiro: Praça Cívica, Salão de Atos Tiradentes, Biblioteca Vitor Civita, Restaurante, Passarela, Centro Brasileiro de Estudos da América Latina e  Administração,  Pavilhão da Criatividade Popular, Auditório Simon Bolívar e Parlamento Latino Americano.
Diversos artistas plásticos contribuíram para enriquecer o local,  com obras de arte tanto no interior como no exterior dos edifícios.
Fonte Processo de Tombamento
Foto Victor Hugo Mori

TEATRO SÃO PEDRO
Rua Albuquerque Lins, 171 – Barra Funda
Processo: 22068/82      Tomb.: Res. 19 de 15/8/84      D.O.: 17/8/84
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 231, p. 63, 20/1/1987
O Teatro São Pedro, construído pelo português Manoel Fernando Lopes, em estilo eclético,com forte influência ne
oclássica e elementos do art nouveau no seu interior, foi inaugurado em 17 janeiro de 1917, com intensacampanha publicitária que o classificava como o mais moderno, artístico e luxuoso de São Paulo.
De grandes proporções, continha sala de espera, 28 frisas e 28 camarotes, balcões com mais de 100 cadeiras e platéia com 800 assentos. O palco possuía um proscênio de 4 m que se transformava em um poço para 50 músicos. Os espetáculos se alternavam entre programações cinematográficas e teatrais, até que, devido ao grande interesse do público pelo cinema, as sessões deste gênero foramexibidas até 1967, quando o edifício foi utilizado como estacionamento. A partir de 1968 foi alugado aFernando Torres, Maurício e Beatriz Segall que promoveram a remodelação acústica, a construção de 9 camarins e sanitários.
As obras de restauração do edifício iniciaram-se em 1992 e, em  24/3/98, o teatro foi reaberto ao público.
Fonte Marly Rodrigues e Sonia de Deus Rodrigues
Foto Del Carmen/Spenco

Bela Vista
CASA DE DONA YAYÁ
Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista
Processo: 21955/82      Tomb.: Res. 37 de 2/4/98      D.O.: 4/4/98
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 323, p. 81, 1/9/1998
Sebastiana de Mello Freire, carinhosamente chamada de Yayá, nasceu em 21 de janeiro de 1887. Aos 13 anos de idade perdeu seus pais e, poucos anos depois, seu último irmão. Herdeira de uma grande fortuna e dona de uma personalidade voluntariosa e exigente, não se casou. Aos 31 anos apresentou os primeiros sinais de desequilíbrio emocional, sendo interditada no ano seguinte e internada por um ano no Instituto Paulista. Após deixar a clínica, viveu até o final dos seus dias, em 1961, segregada em sua residência, pequena chácara localizada próxima ao centro.
A casa é exemplar remanescente significativo das transformações do bairro em razão do  crescimento da cidade mas, sobretudo, é testemunho material das formas pelas quais a sociedade entendia e tratava a loucura nos primeiros sessenta anos deste século.
Fonte Marly Rodrigues
Foto José Renato Melhem

CASTELINHO DA BRIGADEIRO
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 826 – Bela Vista
Processo: 00250/73      Tomb.: Res. 12 de 19/7/84      D.O.: 20/7/84
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 227, p. 63, 20/1/1987
Este prédio, popularmente conhecido como Castelinho, constitui-se em um raro exemplo, em São Paulo, de arquitetura residencial inspirada no estilo art nouveau.
Projetado pelo italiano Giuseppe Sachetti para o médico e escritor Cláudio de Souza, um dos proprietários da Vila Economizadora, o Castelinho foi construído em alvenaria de tijolos, entre os anos de 1907 e 1911.
Encontra-se implantado no centro do lote, envolto por área originalmente ajardinada. A fachada deste edifício é composta por vários volumes cilíndricos que se interpenetram, constituindo-se um deles em uma pequena torre com cobertura cônica. O gradil de ferro do muro apresenta o desenho no mesmo estilo da construção e um dos seus acessos destaca-se pelo pórtico de alvenaria com pequena cobertura.
Fonte Carlos Lemos
Foto Edna H. M. Kamide

ESCOLA DE PRIMEIRAS LETRAS
Rua Aguiar de Barros, 160 – Bela Vista
Processo: 26299/88      Tomb.: Res. 47 de 18/12/92      D.O.: 19/12/92
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 308, p. 78, 28/6/1993
O edifício construído pelo governo imperial, em 1877, para sediar a Escola de Primeiras Letras, fez parte, juntamente com outros dois, de uma ação governamental para prover de escolas públicas a Província de São Paulo.
O terreno utilizado para a construção da escola, doado pela baronesa de Limeira, à época localizava-se em área ainda não urbanizada. Trata-se de um edifício em alvenaria de tijolos, de pequenas dimensões, com apenas duas salas de aula de 6 x 9 m, com acessos independentes para cada sexo, segundo determinações da época e que perdurariam durante toda a República Velha. A cobertura é em quatro águas e o beiral encontra-se escondido por um pequeno arremate de tijolos, sugerindo uma platibanda.
Fonte Arquivo Condephaat
Foto Marco Antônio Lança

HOSPITAL E MATERNIDADE HUMBERTO PRIMO
Alameda Rio Claro, 190 – Bela Vista
Processo: 23374/85      Tomb.: Res. 29 de 30/7/86      D.O.: 1/8/86
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 255, pp. 67 e 68, 23/1/1987
O antigo Hospital Matarazzo, inaugurado em 14/8/1904, foi construído pela "Societá Italiana de Beneficenza in San Paolo", criada em 1878 com a finalidade de prestar assistência de saúde a imigrantes italianos, através de fundos arrecadados junto aos grupos empresariais bem sucedidos, de origem italiana, como os Crespi, Pignatari, Gamba, Falchi e, principalmente, os Matarazzo.
O núcleo original do Hospital Humberto I, de autoria de Giulio Micheli, foi ultimamente utilizado pelo setor administrativo. À sua volta, entre 1904 e 1974, foram sendo construídas outras instalações que resultaram no complexo hospitalar, composto de dez edifícios, com características arquitetônicas heterogêneas.
Atualmente encontra-se desativado, aguardando obras de restauração e adaptação a um novo uso.
Fonte Marly Rodrigues, Maria Lúcia P. Machado e Sônia de Deus Rodrigues
Foto Edna H. M. Kamide

TEATRO BRASILEIRO DE COMÉDIA
Rua Major Diogo, 311 e 315 – Bela Vista
Processo: 20910/79     Tomb.: Res. 63 de 21/10/82      D.O.: 22/10/82
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 203, p. 55, 4/11/1982
O Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) nasceu nagaragem de um edifício, construído originalmente para uso comercial. Adaptado para teatro, com 365 lugares, foi inaugurado, em 11/10/1948, pelo industrial italiano Franco Zampari, inicialmente para viabilizar grupos amadores como, por exemplo, o Grupo de Teatro Experimental e o Grupo Universitário de Teatro.
O TBC atingiu na década de 1950 o seu período de maior prestígio quando diretores como Ziembinski e Adolfo Celi apresentavam peças de grandes dramaturgos. Criticado algumas vezes pelo pouco espaço dedicado aos textos de autores nacionais, acabou provocando o surgimento de uma oposição teatral que resultou, nos anos 60, na formação do grupo que inaugurou o Teatro de Arena. Após a apresentação da peça "Vereda da Salvação", de Jorge de Andrade, em 1964, o teatro foi ocupado sucessivamente por diversas companhias.
Nomes famosos surgiram no TBC como é o caso de Cacilda Becker, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg e Paulo Autran.
Fonte Processo de Tombamento
Foto José Renato Melhem

TEATRO OFICINA
Rua Jaceguai, 520 – Bela Vista
P
rocesso: 22368/82      Tomb.: Res. 6 de 10/2/83      D.O.: 11/2/83
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 226, p. 62, 19/1/1987
Em 1958, um grupo de estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco começava a se projetar conquistando a crítica teatral e prêmios do teatro amador. Em pouco tempo, este grupo, denominado Oficina, conseguiu levantar fundos e se instalar na Rua Jaceguai, onde funcionava o Teatro Novos Comediantes.
O arquiteto Joaquim Guedes foi o responsável pela adaptação do primeiro Teatro Oficina que abrigou, na década de 1960, grupos teatrais experimentais, inovadoresda linguagem cênica e da relação entre palco e platéia. Em 1966, após um incêndio, um novo e moderno projeto foi elaborado pelos arquitetos Flávio Império e Rodrigo Lefévre, que introduziram paredes de tijolos e concreto sem revestimento e urdimento à mostra. Continuandosua trajetória, em 1986, a arquiteta Lina Bo Bardi projetou a renovação do espaço do teatro.
Fonte Processo de Tombamento
Foto José Renato Melhem
VILA ITORORÓ
Entre Rua Martiniano de Carvalho, Rua  Monsenhor Passalacqua, Rua Maestro Cardim e Rua Pedroso – Bela Vista
Processo: 22.372/82      Tomb.: Res. SC 9  de 10/3/05      D.O.: 20/04/05
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 351, p. 94, 23/09/05
Localizada na encosta do vale formado pelo córrego Itororó hoje canalizado sob a avenida 23 de Maio, a Vila Itororó foi idealizada pelo imigrante português e mestre de obras Francisco de Castro, com a utilização de materiais coletados em demolições de edificações como o antigo Teatro São José, localizado no Vale do Anhangabaú onde foi construído o edifício Alexandre Mackenzie. A construção da vila, realizada em etapas, teve início em 1920.
No conjunto formado por 37 edificações, ocupando de forma criativa através de escadarias e passarelas o espaço de uma antiga grota voltada para o Vale do Itororó.  Destacam-se a Casa das Carrancas e a antiga residência de Francisco de Castro, com 4 pavimentos,  adornada por 18 colunas. A Vila ainda conta com a presença da primeira piscina particular construída na cidade, que incialmnete era alimentada pela antiga mina d’água existente no local.
Fonte Processo de Tombamento

Belenzinho
VILA MARIA ZÉLIA
Rua Cachoeira, s/n – Belenzinho
Processo: 24268/85      Tomb.: Res. SC 43 de 18/12/92      D.O.: 19/12/92
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 305, p. 77, 28/5/1983
A Vila Maria Zélia, construída em 1916, foi idealizada por Jorge Street, médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro que, ao construí-la, vinculada à fábrica de tecidos de sua propriedade, procurou assegurar aos seus operários, além da moradia, o bem estar da comunidade, oferecendo creche, escola, jardim de infância, ambulatórios médico e dentário, farmácia, armazém, açougue, salão de festa e um teatro que não chegou a ser concluído.
Em decorrência das dívidas acumuladas, Jorge Street vendeu o seu patrimônio que, em 1939, depois de ter pertencido às famílias Scarpa e Guinle, foi adquirido pela Goodyear que demoliu a creche, o jardim de infância, o coreto e dezoito casas, incorporando os respectivos terrenos à fábrica.
Em 1969 as casas foram vendidas pelo sistema financeiro da habitação a seus moradores, em 1970, deixou de ser uma vila particular para se transformar em logradouro público.
Fonte Palmira Petratti Teixeira
Foto Luiz Roberto Kamide
Bom Retiro
DESINFECTÓRIO CENTRAL
Rua Tenente Pena, 100 – Bom Retiro
Processo: 23881/85      Tomb.: Res. 50 de 26/8/85      D.O.: 27/8/85
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 239, p. 65, 21/1/1987
Em 1882, o Estado adquiriu o terreno de Manfredo Meyer para construir o prédio do Desinfectório Central, inaugurado em 1/11/1893. As obras de construção do edifício ficaram a cargo da Secretaria da Agricultura que, para executá-las, contratou os serviços de Paul Rouch e J. E. Damergue.
Foi uma das instituições pioneiras na área do serviço sanitário, executando desinfecções domiciliares, remoção de doentes para hospitais de isolamento e de cadáveres de pessoas mortas por doenças infecto-contagiosas, além de desempenhar importante papel no combate às epidemias. Em 1925, o Desinfectório Central e o Hospital Emílio Ribas faziam parte da Inspetoria da Profilaxia de Moléstias Contagiosas.
No edifíciofunciona, atualmente,o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, com acervo relativo à história dos serviços públicos estaduais de saúde.
Fonte Museu de Saúde Pública de São Paulo

OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE
Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro
Processo: 22033/82      Tomb.: Res. 60 de 15/7/82      D.O.: 16/7/82
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 197, p. 48, 20/7/1982
Inicialmente, a Escola de Farmácia de São Paulo encontrava-se sediada, em casa alugada, na confluência da Rua Brigadeiro Tobias com a Ladeira de Santa Efigênia. Em 1901, tornando-se o espaço pequeno, em razão da introdução de novos cursos, o governo do Estado adquiriu um terreno pertencente à Chácara Dulley, localizada "além da Luz".
Projetado pelo escritório Rosa Martins e Fomm, o imponente edifício, de forte influência neoclássica, foi inaugurado em 12/12/1905. Sua construção é em alvenaria de tijolos, com piso de assoalho no pavimento superior e cobertura em telha francesa. Ao longo dos anos, o edifício sofreu várias ampliações, a maior delas em 1937, quando a ala que circunda o pátio interno, atualmente coberto, foi acrescida de mais um pavimento.
Restaurado e adaptado pela Secretaria de Estado da Cultura, em 1987, o imóvel abriga desde então a Oficina Cultural Oswald de Andrade.
Fonte Ana Luiza Martins
Foto Edna H. M. Kamide
 
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    Re: Lista de bens tombados pelo CONDEPHAAT no município de São Paulo
« Responder #1 : 26/Abril/2008, 07:52:48 » 

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Brás
ACERVO ARQUIVÍSTICO DA HOSPEDARIA DOS IMIGRANTES
Rua Visconde de Parnaíba, 1316
– Brás
Processo: 20949/79      Tomb.: Res. 26 de 6/5/82      D.O.: 13/5/82
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 188, p. 44, 17/6/1982
O acervo e o edifício da Hospedaria dos Imigrantes formam um conjunto de fundamental importância para a história da imigração no Brasil. Entre os documentos existentes no acervo, estão:
• 166 livros de registros de imigrantes do período de 1882 a 1962;
• 300 listas de bordo do período de 1888 a 1978;
• 250 livros de matrículas de imigrantes do período de 1882 a 1930;
• 6 álbuns contendo fotografias de núcleos coloniais;
• fichas de 1941 a 1971
Há ainda uma biblioteca e outros tipos de documentação, como listas de pessoas que entraram pelo porto de Santos, entre os anos de 1882 a 1925.
Acerca do Livro de Registros de Imigrantes, foram relacionados todos os imigrantes que passaram pela Hospedaria, no período acima citado, constando nome, sexo, idade, nacionalidade, religião e destino. Quanto às listas de bordo, são mais completas, pois contém os nomes dos imigrantes que entraram no território nacional e não passaram pela Hospedaria.
Fonte Processo de Tombamento
EE PADRE ANCHIETA
Rua Visconde de Abaeté, 154 – Brás
Processo: 25591/87      Tomb.: Res. 30 de 17/6/88      D.O.: 18/6/88
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 280, p. 72, 18/7/1988
A antiga Escola Normal do Brás, tradicional estabelecimento de ensino, instalado em 1913, iniciou suas atividades como escola exclusivamente feminina, confirmando a tendência que caracterizou os cursos normais de São Paulo desde a sua origem.
O prédio, projetado em 1911 por Manuel Sabater do Departamento de Obras Públicas, tem capacidade para vinte salas de aulas, divididas em dois pavimentos mais um porão utilizável. Os acessos ao interior do estabelecimento localizam-se nas fachadas laterais, solução também adotada por Sabater em outras escolas. Estilisticamente, o edifício insere-se no contexto eclético que caracterizou as escolas paulistas do início do período republicano.
Este mesmo projeto, com algumas alterações na fachada, foi utilizado para a construção do Grupo Escolar Cesário Bastos na cidade de Santos.
Fonte Sílvia Ferreira Santos Wolff
Foto Edna H. M. Kamide
ESTAÇÃO DO BRÁS
Rua Domingos Paiva, s/n e Praça Agente Cícero, s/n – Brás
Processo: 20699/78      Tomb.: Res. 22 de 3/5/82      D.O.: 7/5/82
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 176, p. 41, 26/5/1982
O crescimento da lavoura cafeeira e a conseqüente necessidade de um meio de transporte mais ágil, seguro e adequado ao volume de mercadorias que seriam escoadas para as zonas portuárias estimularam a instalação de ferrovias na província de São Paulo. A estrada de ferro São Paulo Railway, construída com capital inglês, por exemplo, interligou o litoral ao interior de São Paulo, tendo como uma de suas paradas a Estação do Brás, projetada por James Fjord, em 1897, em substituição à antiga parada, existente desde 1867.
O extenso edifício diferencia-se da maioria das estações pelo desenho da cobertura da plataforma, em estrutura metálica, dividida em módulos, cada um deles com três águas. Em sua parte externa, voltada para a via pública, percebe-se a estrutura do edifício em arcadas, construídas em tijolos aparentes.
Fonte Heloísa Barbosa da Silva
Foto Edna H. M. Kamide

HOSPEDARIA DOS IMIGRANTES
Rua Visconde de Parnaíba, 1316 – Brás
Processo: 20601/78      Tomb.: Res. 27 de 6/5/82      D.O.: 13/5/82
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 188, p. 44, 17/6/1982
Em 1866,fazendeiros paulistas,percebendo as vantagens da mão-de-obra assalariada,fundaram a Sociedade Promotora de Imigração de São Paulo que promoveu a vinda de 17.586 famílias, entre os anos de 1886 e 1888.
A fim de organizar a distribuição dos imigrantes pela Província de São Paulo e de dar continuidade à política de incentivo à imigração, o governo autorizou a construção de um novo edifício, próximo às estações das estradas de ferro do bairro do Brás. O projeto, de autoria de Mateus Haüssler, foi construído em tijolos, com capacidade para 1200 pessoas. Contava com lavanderia, cozinha, pavilhão de desinfecção de roupas, ambulatórios médico e dentário.
Entre 1940 e 1948, o prédio foi ocupado pela Escola de Aeronáutica e utilizado como presídio político. Em 1978, as funções da hospedaria foram transferidas para a Secretaria do Trabalho. Atualmente ali funcionam o Memorial do Imigrante e Albergue do Assindes – Associação Internacional para o Desenvolvimento – conveniada à Secretaria de Estado de Ação e Desenvolvimento.
Fonte Processo de Tombamento
Foto Arquivo Condephaat
Butantã
CASA DO BANDEIRANTE
Praça Monteiro Lobato, s/n – Butantã
Processo: 22262/82      Tomb.: Res. 2 de 24/1/83     D.O.: 25/1/83
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 207, p. 56, 1/2/1983
A Casa do Bandeirante, com o alpendre reentrante característico das casas bandeiristas, foi construída provavelmente nas primeiras décadas do século XVII, em taipa de pilão e pau-a-pique e cobertura em quatro águas. O terreno em que se encontra implantada pertenceu à antiga sesmaria de Afonso Sardinha, em Umbiaçaba, na confluência do Rio Tietê com o Jeribatuba.
Após sucessivos donos, foi adquirida pela Companhia City e depois pela Prefeitura Municipal de São Paulo, que nela instalou um museu, administrado pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH).
Em 1954, a Comissão do IV Centenário de São Paulo propôs a restauração da casa que, para a efetivação dos serviços, contratou o arquiteto Luís Saia.
Fonte Pedro Alex de Souza
Foto Victor Miguita Okada

INSTITUTO BUTANTÃ
Avenida Vital Brasil, 1500 – Butantã
Processo: 21306/80      Tomb.: Res. 35 de 14/9/81      D.O.: 15/9/81
Livro do Tombo Histórico : Inscrição nº 98, p. 13, 6/5/1975
O Instituto Butantã foi criado através do Decreto 878-A, de 23/2/1901, com a finalidade de combater doenças epidêmicas. Para a sua instalação, o Estado adquiriu a Fazenda “Butantan” distante nove quilômetros da cidade, com área de 400 hectares. A inauguração do edifício se deu em 4/4/1914.
Sob a direção do Dr. Vital Brasil, o Instituto, inicialmente, preparava diversos tipos de soros e desenvolvia pesquisas sobre venenos de cobras, escorpiões e aranhas, doença de Chagas,
protozoologia e bacteriologia, além de um intenso trabalho para conscientização da população.
Entre as edificações destacam-se a antiga sede da fazenda, em alvenaria de tijolos, o prédio principal, belo exemplar do art nouveau, e o Pavilhão Lemos Monteiro, sobrado de porão alto, tí

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