Opiniao: Sao Paulo mais uma vez na frente

Ampliar o acesso da população a um atendimento médico eficiente e satisfatório deve ser prioridade de qualquer governo. Isso significa garantir os direitos básicos do cidadão e contribuir para o aumento da qualidade de vida. Ao contrário dos convênios médicos particulares, que são cobrados, o sistema público é universal e gratuito, portando deve receber investimentos públicos e contemplar cada vez mais pessoas.

 

Nesse sentido, a cidade de São Paulo tem sido um bom exemplo. Nos últimos cinco anos, ela ampliou de maneira expressiva sua rede de atendimento. Esse processo começou a partir da gestão de José Serra na prefeitura. Ele havia sido Ministro da Saúde durante quatro anos e sabia a importância de promover melhorias nessa área. Após deixar o cargo para concorrer ao governo do estado, assumiu o vice-prefeito Gilberto Kassab, que adotou a visão de Serra e soube dar continuidade aos projetos.

 

Em 2008, Kassab destinou quase 20% do orçamento municipal à saúde, o que viabilizou a construção e a reforma de diversas unidades de atendimento. Naquele ano, foi atingida a meta de 110 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). Hoje, esse número cresceu e no total, são 115 unidades comuns e outras 15 da AMA Especialidades em funcionamento. Elas dispõe de estrutura para atender casos simples sem agendamento, fazer alguns exames e pequenas cirurgias. Elas foram criadas para servir de alternativa aos prontos-socorros hospitalares e agilizar o atendimento.

 

Também foram entregues dois hospitais após um intervalo de quase 17 anos sem novas unidades. Em 2007 foi inaugurado o de Cidade Tiradentes e, cerca de um ano depois, o de M’Boi Mirim. Juntos, representaram aproximadamente R$ 226 milhões em investimentos municipais e estaduais, aumentando em 470 o número de leitos disponíveis no município. Agora, já foram definidos os locais onde serão construídos mais três hospitais: em Brasilândia (Zona Norte), Parelheiros (Zona Sul) e Vila Matilde (Zona Leste). As obras estão em fase de planejamento.

 

Para administrar os novos hospitais, foram firmadas parcerias com hospitais privados, como o Santa Marcelina e o Albert Einstein. As parcerias são um interessante sistema de gestão, pois possibilitam que os centros de excelência compartilhem seu conhecimento na área médica e coloquem em prática experiências bem sucedidas.

 

Enfim, quando se trata de saúde, a cidade de São Paulo adota mais uma vez a postura de liderança. Como médico e vereador, também tenho dado minha contribuição. Acredito que se continuarmos seguindo essas diretrizes, logo nossa rede de atendimento será referência nacional e quem mais se beneficiará disso é o cidadão.

 

Gilberto Natalini

médico e vereador (PSDB/SP)

About natalini