Opiniao: Um parque para a Lapa

No início deste ano, participei, ao lado do governador José Serra e do prefeito Gilberto Kassab, da entrega da primeira fase do Parque Orlando Villas Boas. Não poderia estar mais satisfeito com os resultados. O Projeto de Lei de minha autoria que criava o Parque foi elaborado em 2004 e desde que foi sancionado, em 2008, foram dezenas de reuniões e várias horas de trabalho dedicadas para concretizar essa ideia.

 

Vereador Natalini discursando na entrega da primeira

fase do Parque Orlando Villas Boas

 

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No terreno de 260 mil metros quadrados onde agora está o parque funcionou por 30 anos a Usina de Compostagem da Vila Leopoldina. Com o crescimento do bairro e um maior adensamento populacional, a incômoda presença da Usina começou a ser questionada pelos moradores. Por causa dela, a região sofria com um constante mau cheiro, além da proliferação de insetos indesejáveis. A comunidade encaminhou diversas reclamações à prefeitura e em 2004, a Usina foi finalmente desativada. Para impedir que o espaço público se tornasse ocioso, surgiu a proposta do parque, que também era uma antiga demanda do bairro.

 

O projeto foi concebido pela Coordenadoria de Áreas Verdes da Secretaria de Coordenação de Subprefeituras do Município de São Paulo juntamente com o escritório de arquitetura Ruy Ohtake e contou com o apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Ele foi inspirado na figura do indigenista Orlando Villas Bôas, como forma de representar a preocupação da cidade de São Paulo com a preservação ambiental e especialmente do bioma amazônico. O compromisso com o meio ambiente também é uma das minhas principais diretrizes como vereador e, por isso, apoiei o projeto desde o início. Com um investimento de R$ 2,5 milhões, a prefeitura conseguiu transformar em realidade o que estava previsto no papel.

 

Nesta primeira etapa, foram entregues dois campos de futebol, uma quadra de futebol society, uma quadra poliesportiva, duas quadras e um paredão de tênis, além de uma pista de Cooper com área verde ao longo de todo o seu trajeto.  Foi feita a reforma do restaurante/lanchonete e, por fim, foram instalados brinquedos infantis e equipamentos de ginástica para a terceira idade.

 

Para as próximas fases estão previstas a instalação de um parque radical com diversos equipamentos, outras onze quadras poliesportivas, pista para bicicletas e ampliação do paisagismo do local com o plantio de espécies amazônicas e a criação de um jardim sensitivo com plantas aromáticas e comestíveis. A Secretaria Municipal de Cultura também está desenvolvendo um projeto para viabilizar a criação de um espaço museológico, onde será exposto o rico acervo do sertanista indigenista Orlando Villas Bôas. A maioria dos edifícios do local serão demolidos para diminuir as áreas impermeabilizadas. O término das obras está previsto para o fim deste ano.

 

Para quem acompanhou de perto todo o processo, é muito gratificante ver o sonho da comunidade tomar forma. O trabalho só foi possível porque a população cobrou o que era de seu interesse e os órgãos municipais se esforçaram para atender às suas necessidades da melhor maneira. Acredito que esse seja um bom exemplo de como exercer a democracia e fazer política com transparência e seriedade nas grandes cidades.

 

Gilberto Natalini

médico e vereador (PSDB/SP)

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