“É uma vitória para quem defende o meio ambiente e uma cidade sustentável”, comemora o vereador Gilberto Natalini, autor da Lei.
Através do decreto 51.664, de 26 de julho, a prefeitura regulamentou a Lei 14.723, de autoria do vereador Gilberto Natalini que cria o Programa de Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores (PAMPA). O projeto prevê a geração de benefícios ambientais; redução do desmatamento; contribuição para aumentar a vida útil dos aterros e diminuir os custos de sua utilização; redução de custos com o transporte dos resíduos provenientes da poda e remoção de árvores para os aterros e, entre outras coisas, gerar receitas para o Município.
Demonstração do triturador de galhos
proveniente da poda de árvore
As ações do PAMPA no âmbito das subprefeituras incluem a implementação da poda de precisão, conforme Manual Técnico de Poda de Árvores da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, visando à diminuição do número de intervenções no exemplar arbóreo e o aumento da vida útil e saudável da árvore; o encaminhamento dos resíduos provenientes da poda e remoção de árvores a Centrais de Processamento; a triagem e preparação do material proveniente da poda e remoção de árvores para produção de matéria prima para a fabricação de artigos em madeira; o processamento dos resíduos provenientes da poda e remoção de árvores destinadas à preparação da mistura para compostagem.
Cidade sustentável
É realmente um incômodo quando as árvores nas calçadas ficam cheias demais, com galhos longos e folhas caindo por toda a parte. Para evitar esses transtornos, a subprefeitura realiza podas periódicas. Mas o que fazer com as três toneladas e meia de troncos e folhas resultantes das podas todos os meses? O vereador Gilberto Natalini, ao responder essa pergunta, teve a idéia de criar uma Lei visando o reaproveitamento desse material.
A idéia do PAMPA é, ao reaproveitar os resíduos das podas, minimizar os efeitos do desmatamento e otimizar a vida útil dos aterros – que recebem os galhos e folhas. Enfim, o que se pretende é gerar benefícios econômicos e ambientais para a cidade.
Assim, os galhos deixam de ser meramente "sobras" para se constituir em matéria prima para a confecção de adubo e resíduos orgânicos como carvão – os populares "brickets" – utilizados em fornos de cerâmicas, olarias, pizzarias, padarias, churrascarias e lareiras, com um potencial energético cinco vezes maior.
O projeto vem funcionando, e muito bem, nas subprefeituras de Santo Amaro, Lapa e Mooca. Agora, com a publicação do decreto, será expandido para toda a cidade. “É uma vitória para quem defende o meio ambiente e uma cidade sustentável”, comemora o vereador Gilberto Natalini.