Secretário Padilha não apresenta dados de consultas de 2015

Em 2014, comparado com 2012, houve uma redução de mais de um milhão e oitocentas mil consultas no serviço de saúde pública municipal. Essa redução ocorreu na rede de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) 12 horas.

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A constatação foi exposta, pelo vereador Gilberto Natalini (PV), nesta quarta-feira (24) durante prestação de contas na Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo.
Médico e membro da Comissão, o vereador Natalini foi taxativo ao demonstrar o levantamento, tendo como fonte o DataSUS que aponta um decréscimo de consultas na rede básica de Saúde no período mencionado.
“O número de consultas diminuiu em mais de um milhão e oitocentas mil consultas”, salientou Natalini ao discordar dos dados expostos pelo secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha que acenou com um número de 900 mil consultas a mais, baseado em levantamento do SIGA – Sistema Integrado de Gestão e Assistência à Saúde. O Secretário da Saúde, falou do aumento do número de consultas referindo-se as Unidades Básicas de Saúde (UBS) no ano de 2015. Sem entretanto apresentar a planilha com os números, justificando que sua assessoria havia deixado de incluir esses dados no Relatório de Apresentação da Prestação de Contas. Dessa maneira não há como comparar os dados anteriores, tanto das UBS como das AMA, em relação a 2015, por falta de informação por parte da Secretaria da Saúde.
O parlamentar foi taxativo ao destacar que nas AMAs/ Assistência Médica Ambulatorial “houve 1 milhão 802 mil consultas a menos”.
“Apresentei dados concretos ao secretário e ele reagiu de modo deselegante e tive que repreendê-lo deixando-o um pouco nervoso. Eleito há quatro mandatos sou um fiscal ao lado da população e ninguém vai me impedir de cobrar das autoridades quando houver denúncias”, afirmou Natalini.
Entre 2013 e 2014 foram “derrubadas” 2 milhões de consultas e “o povo está batendo cabeça para ser atendido e não consegue” informou Natalini ao frisar que nos anos de 2013, 2014 e 2015, “80% dos investimentos não foram aplicados em Saúde na cidade de São Paulo”. Dando como exemplo a Construção e Instalação de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que tinha um orçamento inicial em 2015 de 39 milhões de reais, reduzido para 19 milhões, e nada foi empenhado. Esse mesmo tipo de comportamento da execução orçamentária, também foi constatado em áreas importantes como: Construção e Instalação de Centros Especializados de Reabilitação (CER) e Construção e Instalação de Unidades de Referência à Saúde do Idoso (URSI), que apresentaram execução índice zero de execução, entre outras áreas com execução abaixo da média no ano de 2015.

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