Vereador Natalini prestigia o amigo Luigi Brancatti, idealizador do 'Marco da Paz'.

O vereador Gilberto Natalini prestigiou nessa semana o amigo Luigi Brancatti, diretor da Associação Comercial de São Paulo e idealizador do projeto Marco da Paz. Brancatti comemorou aniversário numa tradicional churrascaria da Lapa, com as presenças de lideranças empresárias e populares, como Alencar Burti, presidente da ACSP, entre muitos outros. “Vim trazer meu abraço a um amigo especial, e principalmente a um grande defensor da cultura da paz”, discursou Natalini, emocionado.

 

 

O italiano Gaetano Brancatti Luigi chegou à América na década de 40, em busca de paz. “Meu pai, Luigi Brancatti, participou de toda a Segunda Guerra, quando a Europa sofreu muitas privações. E quem mais sentiu esse sofrimento foram as crianças, que chegavam a ter medo de crescer por temerem ser chamadas para a guerra”, recorda Luigi.

 

A idéia de criar um marco em homenagem à paz surgiu justamente no momento em que foi anunciado o término da guerra. O que ficou marcado na lembrança de Luigi foi o barulho dos sinos das igrejas, que foram tocados para comemorar a paz.

 

“Isso marcou profundamente a minha mente, eu tinha oito anos e foi nesse momento que eu tive a idéia”, conta ele. “Eu queria criar algo que cativasse a humanidade e a levasse a caminho da paz. Não há nada pior que viver em um Estado em guerra. Cresci com esse sonho, vim para a América e vivi uma adolescência bonita”.

 

Ao deixar a Itália, em 1949, o primeiro país em que a família Brancatti se instalou foi a Argentina, que passava por uma boa situação econômica. Luigi e seus parentes só chegaram ao Brasil nos anos 60.

 

Na década seguinte, o italiano já começou a trabalhar na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que foi quem o ajudou a realizar o grande sonho de criar um marco pela paz.

 

“Eu passava pelo Pátio do Colégio todo dia para ir trabalhar e certa vez, em 1999, percebi que os sinos dele não tocavam mais. Entrei para perguntar para o padre o motivo e fui informado de que o sino havia sido roubado há 15 anos. Ninguém havia notado sua falta, mas eu notei, fui um predestinado”, recorda.

 

Com a ajuda da ACSP, o sino foi comprado e em menos de um mês foi assentado no lugar. E foi justamente no momento em que o sino foi colocado que Luigi teve a idéia de realizar seu sonho.

 

“Desenhei o marco naquele momento e levei o esboço a um engenheiro. O marco foi feito e hoje é visitado por muita gente e já tem réplicas em diversos países”, comemora.

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