Desde 2008 vigora a lei 14.723 que institui, na cidade de São Paulo, o Programa de Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores – PAMPA que surgiu de Projeto de Lei de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV/SP) com o objetivo de reduzir o acúmulo de material orgânico nos aterros e economizar inúmeras viagens de caminhões no transporte do produto.
“É de extrema importância aproveitar resíduos de poda de árvores e também aqueles que são derrubados durante ventania ou por doenças. O reaproveitamento das árvores é uma necessidade para combater a perda acelerada dos recursos naturais do planeta”, informa o vereador ao salientar que a primeira subprefeitura a implantar o PAMPA foi a de Santo Amaro seguida pela da Lapa e a da Móoca.
O vereador Natalini destaca a necessidade de se preservar a natureza não jogando resíduos arbóreos, entre outros, em aterros sanitários. “Embora o material em si não seja perigoso, em contato com produtos químicos, pode causar danos ao solo e à água”.
A lei que instituiu o PAMPA prevê proveito de benefícios ambientais; redução de custos com transporte dos resíduos provenientes da poda e remoção de árvores para os aterros e geração de receitas para o município.
No âmbito das subprefeituras, as ações do PAMPA incluem a implementação da poda de precisão, de acordo com o Manual Técnico de Poda de Árvores da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, com o objetivo de diminuir o número de intervenções no exemplar arbóreo e o aumento de vida útil e saudável da árvore. Encaminhar os resíduos da poda e remoção a Centrais de Processamento, fazer a triagem e preparação do material proveniente da poda e remoção para a produção de matéria-prima para a fabricação de artigos de madeira fazem parte do Manual assim como efetuar o processamento dos resíduos e destiná-los à preparação da mistura para compostagem.
“A finalidade do PAMPA é reaproveitar os resíduos das podas, minimizar os efeitos do desmatamento e otimizar a vida útil dos aterros que recebem galhos e folhas. O objetivo, indubitavelmente, é gerar benefícios econômicos e ambientais para a cidade de São Paulo”. diz o vereador ao dar o exemplo de galhos de árvores que deixam de ser, meramente, “sobras” para virar matéria-prima para a confecção de adubo e resíduos orgânicos como carvão – brickets – utilizados em fornos de cerâmicas, olarias, pizzarias, padarias, lareiras, entre outros estabelecimentos, com alto potencial energético.