Gilberto Natalini SP

O assessor de meio ambiente do Ver. Natalini, Marcelo Morgado, representou-o em seminário na Casa-E Basf sobre o projeto piloto de compostagem de resíduos de preparação de alimentos, organizado num bairro de Mogi-Mirim. A iniciativa visou avaliar a viabilidade de implantar a coleta porta a porta de cascas de frutas e legumes e talos de verdura, usando um saco plástico compostável desenvolvido pela BASF e que está sendo testado em cidades da Alemanha, EUA, China e Tailândia.

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Foram parceiros a prefeitura municipal, a usina de compostagem Visafertil (processa resíduos de indústrias alimentícias) e a consultoria Inamai. Houve várias apresentações incluindo representantes do MCT, Cetesb, Abicom (Assoc. Bras. Polím. Biodegradáveis) e Visafértil. A experiência envolveu 2100 residências e adesão foi total, resultando em uma segregação com apenas 1% de rejeito.
No debate o assessor informou sobre o PAMPA, programa de trituração de resíduo de poda de arborização e reciclagem via compostagem, resultante de lei de autoria do Ver. Natalini.
Foram adquiridos 14 equipamentos rebocáveis para as subprefeituras da Lapa e Aricanduva. Recentemente o Vereador cobrou da PMSP (SMSP e SVMA) a ampliação e manutenção, já que chegaram notícias de problemas na atual gestão.
Marcelo Morgado indagou sobre o plástico Ecovio ser importado, quanto é mais caro, planos para produção local, origem fóssil ou renovável e ainda pediu se comparar com os em pesquisa com açúcar como matéria-prima açúcar com os ditos “óxibiodegradáveis”.
Estes últimos, segundo especialistas, apenas se esfarelam contaminando o solo. O retorno foi que havendo demanda suficiente o Ecovio poderia ser fabricado no Brasil e que o benefício do não envio para aterro (fração orgânica do RSU no Brasil é de ~50%) compensa o maior custo do saco plástico.
Quanto aos “oxibiodegradáveis” a técnica da Basf esclareceu serem na verdade “oxifragmentáveis”, na terminologia europeia e não atendem as normas de lá, não sendo permitido seu uso. Isso foi corroborado pelo representante da Abicom, que alertou para estudos apontando o risco para a cadeia biológica das micropartículas de plástico geradas.
Da Cetesb se informou do parecer contrário ao uso de sacolas neste material. Já quanto aos plásticos (polihidroxibutiratos) que o Ctea – Campinas busca desenvolver a partir do açúcar, há ganho ambiental, mas terão que passar ainda por testes para comprovar serem efetivamente compostáveis.
Por fim o assessor divulgou a próxima Conferência P+L e sugeriu a Basf & Visafértil apresentarem o projeto em estande na feira paralela ao evento.

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