“Lendo o livro, senti muitas verdades do que vivi no período da ditadura.”

A frase do vereador Gilberto Natalini refere-se ao livro Memórias de Uma Guerra Suja, de Cláudio Guerra, que será ouvido pela Comissão da Verdade da CMSP.

As Comissões da Verdade municipal, estadual e federal começam a articular trabalhos conjuntos. Membros dos três colegiados se reuniram nesta semana e concordaram na importância desse intercâmbio. Anivaldo Padilha, da Comissão Nacional, apontou que dessa forma será possível “desvendar os tentáculos da ditadura e como diversas instituições colaboraram com o regime”. Para o vereador Gilberto Natalini, da Comissão Municipal, a integração facilita o trabalho e dá mais dinamismo aos debates.

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Padilha disse que o órgão federal está disposto a contribuir para que a Câmara convoque depoentes para vir ao Legislativo paulistano esclarecer sua atuação no período militar. O convênio de cooperação será renovado, e a convocação do Coronel Brilhante Ustra e do ex-ministro Delfim Netto, proposta por Natalini, já está acertada.
A Comissão Estadual foi representada na reunião da Câmara pelo deputado Adriano Diogo. Ele defendeu que São Paulo “faça um levantamento dos logradouros públicos que tenham nome de pessoas ligadas à repressão, além de escolas municipais e praças. Seria significativo mudar os nomes, como Viaduto Costa Silva”, disse.
O presidente da Comissão Municipal da Verdade, vereador Gilberto Natalini (PV), chamou seus colegas do Estado e União para uma primeira ação conjunta: a visita a Cláudio Guerra, que teve suas memórias transformadas no livro Memórias de Uma Guerra Suja. Atualmente vivendo no Espírito Santo, foi um dos policiais mais poderosos da Região Sudeste nos anos 1970.
“Lendo o livro, senti muitas verdades do que vivi no período da ditadura, então será importante termos esse depoimento”, argumentou Natalini, que foi preso político no regime militar.

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