O dossiê “A devastação da Mata Atlântica em São Paulo” foi lançado em inglês e encaminhado para centenas de autoridades internacionais

O vereador Gilberto Natalini (PV-SP) lançou nesta 5ª feira (16/07) a versão em inglês do dossiê “A devastação da Mata Atlântica em São Paulo”. O documento será encaminhado para governos, ONGs e personalidades internacionais.

O dossiê elaborado pelo mandato de Natalini aponta a derrubada sistemática de centenas de milhares de árvores em São Paulo, a maior cidade da América do Sul. Em consequência do desmatamento, consolida-se uma ameaça concreta ao abastecimento de água de cerca de 5 milhões de habitantes que dependem de duas represas situadas na zona sul de São Paulo. Com a redução da Mata Atlântica em curso, já ocorreu o aterramento e a extinção de centenas de nascentes que levavam água pura a esses dois reservatórios. O futuro é incerto.

O documento retrata o gravíssimo problema socioambiental de São Paulo. Ao todo, 7,2 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica foram destruídos nos últimos seis anos. Responsáveis pelas derrubadas, organizações criminosas implantam loteamentos clandestinos em áreas de proteção ambiental e os vendem ilegalmente, sem que as autoridades locais consigam impedir as transações irregulares. Com a construção de moradias precárias em pequenos lotes, a água pura das nascentes deixa de correr para as represas. Em seu lugar, os cursos de água passam a levar esgotos e a contaminar os reservatórios de abastecimento da população.

O dossiê possui 454 páginas e quase 700 imagens de satélite, drone e das áreas de proteção ambiental devastadas recentemente. Se nada for feito, nossos estudos estimam que mais 8,5 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica vão ser destruídos na cidade, nos próximos anos. Como se verifica no documento, os problemas ambientais no Brasil vão muito além do desmatamento da Floresta Amazônica.

“Encaminhamos o dossiê para as autoridades municipais, estaduais e federais, mas infelizmente nada foi feito, vamos então apelar às personalidades internacionais, quem sabe dessa forma as nossas autoridades começarão a agir”, enfatiza Natalini.

Acesse o documento em inglês.

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