Seminário discute os efeitos da poluição na saúde dos paulistas

O Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo recebeu na noite desta segunda-feira (23/9) o “Seminário Mobilidade Urbana e Poluição do Ar – a visão da saúde”, que debateu os impactos negativos da poluição na vida dos moradores do Estado de São Paulo e quais soluções de mobilidade podem ser tomadas para amenizar isso.

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O evento foi proposto pelo vereador Gilberto Natalini, que ressaltou a importância do momento. “O que estamos fazendo aqui hoje é histórico. O assunto é de tamanha importância e estamos levando conhecimento para o povo”, disse. O seminário ainda contou com a presença do engenheiro e consultor ambiental Gabriel Branco, de Evangelina Vormittag, diretora executiva da Ong Saúde e Sustentabilidade, do médico, pesquisador e professor titular da Faculdade de Medicina da USP, Paulo Saldiva, do Diretor do Caronetas, Márcio Nigro, de Flávio Vormittag, representante da Secretaria Estadual de Saúde e de Ronaldo Tonabohn, superintendente de planejamento do CET (Companhia de Engenharia e Tráfego).
Durante seminário foram apresentados dados de um estudo a respeito dos problemas da poluição da poeira fina no Estado de São Paulo, realizado pela Ong Saúde e Sustentabilidade, em parceria com Saldiva, que é médico especialista em poluição atmosférica. Os números mostraram que o município de Cubatão é o que apresenta maiores riscos de morte por conta da poluição, seguido de Osasco, Araçatuba e São José do Rio Preto. A capital paulista não está entre os cinco municípios com maiores riscos.
O estudo foi realizado entre 2006 e 2011 e, para chegar aos resultados, foram utilizados dados do Datasus e fórmulas que relacionam a poluição do ar com mortes ou casos de internações hospitalares. Segundo dados da pesquisa, 17.743 pessoas morreram no Estado de São Paulo vítimas de doenças causadas ou agravadas pela poluição atmosférica.
Tonobohn salientou a importância de se ampliar o transporte coletivo, que deve ser priorizado nos próximos anos. “Estão nos planos para que nos próximos quatro anos sejam construídos 150 km de novos corredores de ônibus. Nossa perspectiva é aumentar em 20% a velocidade operacional dos ônibus. Quanto mais lentos eles são, mais poluentes emitem.”

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