Sessao Solene em Homenagem ao Dia do Medico de Familia e Comunidade e organizada pelo Vereador Natalini

O Vereador Natalini organiza Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Médico de Família e Programa Saúde da Família- PSF.

 

Através do projeto de lei de número 0805/2007, de autoria do Vereador Natalini, ficou instituído, no âmbito do município de São Paulo, o Dia do Médico de Família e Comunidade, a ser comemorado, anualmente, no dia 05 de dezembro.

 

O objetivo do projeto de lei e da sessão solene é conscientizar  e reconhecer a importância deste especialista, cuja especialidade  representa uma inovação no Sistema de Saúde por intermédio de  implantação e a evolução das etapas das estratégias para a  Saúde de Família. É uma homenagem justa a esses especialistas, que prestam seus serviços às famílias inseridas nas comunidades em que atuam.

 

Instituir em nosso Município a data de 5 de dezembro como o Dia do Médico de Família e  de Comunidade é prestigiar e incentivar estes profissionais e reconhecer o papel que vêm desempenhando na implantação de uma política pública de saúde que realmente traz uma melhora na qualidade de vida de toda a nossa população.  A Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade (APMFC)  surgiu no Jardim Copa, em Itaquera, zona leste, um dos bairros mais carentes da cidade.  Para entender a história da Medicina de Família e Comunidade em São Paulo, é preciso lembrar  nomes importantes que marcaram essa luta.

 

Antes mesmo de começar o consultório do médico de família tirado do modelo cubano, as Irmãs Marcelinas e, em particular, a médica  Irmã Josefina, construíram  um pequeno consultório. Foi uma primeira iniciativa para tentar mobilizar alguns profissionais e conseguir mostrar para os residentes a importância desta ação.  O Vereador Natalini foi o primeiro médico a atuar nesta unidade de saúde. 

 

A segunda experiência  foi implantada por volta de 1987, quando foram instaurados, em parceria com o Hospital Santa Marcelina,  os consultórios  conforme esse  modelo  de serviço médico, com atuação de vários  profissionais preocupados com uma medicina voltada para as camadas populares da sociedade.

 

O Governo do Estado de São Paulo  não dispunha de instrumentos adequados para acompanhar o trabalho .  Em 1995, a Secretaria Estadual de Saúde quis extinguir o projeto. Ao mesmo tempo, o Dr. Henrique Sebastião Francé, diretor do Núcleo 3 – Zona Leste, enfrentava a carência de profissionais médicos nas unidades da periferia. 

 

Foi quando, com espírito pioneiro, a Irmã Josefina informou-se a respeito da proposta do Ministério Federal da Saúde sobre Projeto da Saúde da Família (PSF), plano piloto que começava a  ser implantado no Nordeste. Baseado nesta iniciativa, idealizou  também a possibilidade de colocar em prática esse modelo na  área carente de  Cidade Tiradentes,  onde a Igreja desenvolvia atividades pastorais. 

 

Prontamente, foi montada uma comissão e nasceu uma proposta de uma tripartite (Ministério Federal da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde do Estado de São Paulo e o Hospital Santa Marcelina) para implantação do Projeto da Saúde da Família (PSF)  em nove  unidades básicas:

 

– quatro  antigos consultórios de médicos de família : Vila Formosa, Costa Melo, Vila Guilhermina, Jardim Copa (alocados para casas alugadas transformadas em unidades básicas) ;

 

– três  unidades estaduais que estavam sem profissionais médicos: Parque Santa-Rita, Jardim Silva Teles, Jardim Fanganielo ;

 

– duas  unidades-  Barro Branco e Dom Angélico- , que foram construídas com o financiamento do Ministério Federal de  Saúde.

 

No último dia de 1995, 31 de dezembro, irmã Maria Thereza Lorenzzoni foi assinar,  no Aeroporto de Congonhas, com  o então  Ministro da Saúde,  Dr. Adib Jatene, o termo aditivo da primeira parceria para implantação do Projeto Saúde da Família  (PSF) do Município de São Paulo. A liberação das verbas só aconteceu depois de três meses, com nove unidades formada por 11 equipes  compostas por um  médico,  um auxiliar de enfermagem e quatro  agentes comunitários. As enfermeiras atuavam, simultaneamente, como gerente, enfermeira de todas as equipes e formadoras de agentes comunitários. O agente comunitário trabalhava na limpeza e na recepção.

 

Em 1998, novas unidades foram implantadas com a parceria da Fundação Zerbini,  nas zonas Sudeste e Norte. A proposta prosseguia e crescia no setor da saúde pública municipal. Em  2000, duas novas parcerias foram celebradas : com a Congregação  Irmãs de Santa Catarina e com  a UNISA ( Universidade de Santo Amaro) , na zona Sul,  com formação de equipes completas: um  médico, um  enfermeiro, dois  auxiliares de enfermagem, seis  agentes comunitários por equipe,  um gerente por unidade e toda uma equipe de apoio administrativo.

 

No momento da municipalização, em 2001,  já havia mais de 240 equipes de saúde da família. O então Secretário Municipal da Saúde,  Sr. Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, propôs cobrir em 60% o município com o PSF. Começou, não teve 100% de êxito, mas funcionam hoje no município de São Paulo cerca de 800 equipes de saúde da família em parceria com 10 instituições. 

 

O  principal objetivo, no momento, é tornar a Medicina de Família e Comunidade uma especialidade concorrida  e valorizada por ter um compromisso sério com a população na busca da qualidade de vida.          

 

Por todos esses motivos, o Vereador Natalini propôs a realização dessa sessão solene, que homenageará uma equipe de cada um dos parceiros, que hoje atende a rede municipal de saúde na cidade de São Paulo, na ocasião também homenagearemos os 3 médicos mais antigos do programa.

 

Serviço:
Data: 8/12

Horário: 19h
Local: CMSP- Auditório Prestes Maia  

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