Walter Feldman presta contas na Comissão de Meio Ambiente

A Comissão de Meio Ambiente e a Subcomissão de Turismo, Lazer e Gastronomia receberam nessa 4ª feira (14/12), o Secretário de Articulação de Grandes Eventos Walter Feldman. O Secretário prestou contas da sua viagem a Londres e reforçou a importância que os grandes eventos tem para o crescimento de uma cidade como São Paulo.
Para o presidente da Comissão do Meio Ambiente, uma das organizadoras da audiência pública, Gilberto Natalini (PV), “o planejamento e a transparência com o dinheiro público são essenciais”. Ele lamentou que a construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 não siga os princípios de sustentabilidade como está ocorrendo Londres. Walter Feldman apurou que, lá, 60% dos materiais de construção de casas demolidas estão sendo reaproveitados.

Feldman apresentou um relatório de tudo o que levantou em Londres, principalmente no âmbito da sustentabilidade. O Secretário esteve em Londres desde o primeiro semestre deste ano com o objetivo de acompanhar a experiência britânica na preparação de grandes eventos e trazê-la à capital paulista, visando as Olimpíadas e a Copa de 2014.
Apesar de o Rio de Janeiro ser o anfitrião dos Jogos Olímpicos de 2016, Feldman acredita ser um erro imaginar que só os cariocas vão se beneficiar. O secretário afirmou que Birmingham, a 170 quilômetros de Londres, espera receitas de £1 bilhão (R$ 2,8 bilhões) graças aos jogos.
Ainda em comparação com o Rio de Janeiro, Feldman advertiu que a capital paulistana deve se preparar para não perder outras oportunidades de receber grandes eventos, investindo em equipamentos como o parque de eventos Expo-SP.
“São Paulo tem vocação para sediar grandes eventos, mas quem for competente vai ter vantagem”, disse. “O Rio está começando a disputar espaço. Ainda estamos muito à frente, mas temos que nos aperfeiçoar também”, completou.
Como principais necessidades de infraestrutura, Walter Feldman destacou a construção de um novo aeroporto e apontou Caieiras, na Região Metropolitana, como possibilidade. O secretário também defende a expansão da rede hoteleira, uma vez que a média de ocupação em 2010 foi de 66%.
Além disso, para que os grandes eventos sirvam de fato como catalisadores do desenvolvimento da cidade, o secretário argumentou que é preciso combater certas práticas tradicionais tanto no município e no país. “Temos o costume de pensar que no final tudo vai dar certo”, observou, defendendo que as licitações deveriam seguir o modelo britânico, com valor e prazo calculados sobre o projeto executivo, sem possibilidade de aumento.
“O problema no Brasil é o tal do projeto básico, que é o projeto da corrupção, do imprevisível, da falta de controle. Aqui a obra é licitada quando se tem um rabisco, depois vão vendo o que é necessário adicionar em termos de tempo e custo”, criticou.
Serviço:
Data: 14/12
Horário: 10h
Local: Câmara Municipal de SP- Sala Sergio Vieira de Melo

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