Preservar o Cemucam

Entregue para a Prefeitura de São Paulo na década de 1960, o Parque Cemucam, localizado no quilômetro 25 da rodovia Raposo Tavares, se encontra sob suspeita de transferência para o município de Cotia. O prefeito Fernando Haddad (PT), alegando que quer reduzir os gastos com os parques municipais (o Cemucam custa R$150 mil/mês), sinaliza nesta direção.

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Além do espaço de lazer- abrange desde quadra de futebol até um circuito de mountain bike-, os 500 mil m² guardam uma peculiaridade: aproximadamente 120 espécies de fauna e uma vegetação composta por remanescentes da Mata Atlântica. O risco de perder boa parte dessa biodiversidade é preocupante. O local também abriga outros 500 mil m2 que servem como viveiro de plantas para a capital, com uma produção anual de 180 mil mudas – certamente o maior do país.
Medidas como essa, que contrariam a sustentabilidade tanto pregada na modernidade, devem ser minuciosamente estudadas.
A Prefeitura busca de maneira fácil abdicar de uma responsabilidade da qual se comprometera e da qual deveria continuar a defender. São Paulo não pode abrir mão de um espaço notável de pesquisa e lazer (10 mil pessoas circulam a cada semana no Cemucam).
Gilberto Natalini é médico e vereador (PV/SP)

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