Um litro de óleo pode contaminar mais de 20 mil litros de água

A rádio Trianon, com o apoio da SABESP e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) realizaram na tarde desta 2ª feira (27), um debate sobre reciclagem de óleo de cozinha. O evento aconteceu na sede da ACSP e contou com a palestra magna do vereador Gilberto Natalini (PV/SP).


Dados apontam que com um litro de óleo é possível contaminar mais de 20 mil litros de água. Se acabar no solo, o líquido pode impermeabilizá-lo, o que contribui com enchentes e alagamentos. Além disso, quando entra em processo de decomposição, o óleo libera o gás metano que, além do mau cheiro, agrava o efeito estufa e é mais poderoso que o gás carbônico.

Um programa de coleta seletiva não é tarefa difícil de se realizar, porém é trabalhosa, exige dedicação e empenho. Engloba três etapas: PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO e MANUTENÇÃO, todas com muitos detalhes importantes.
Entre as formas de reciclagem do óleo de cozinha usado, a mais importante é a produção de biodiesel. O biodiesel é um biocombustível produzido a partir de reações de esterificação ou transesterificação de óleos vegetais ou animais (novos ou usados) que serve como um substituto do óleo diesel, sendo renovável, biodegradável e menos poluente.
Segundo a Oil World, o Brasil produz 9 bilhões de litros de óleos vegetais por ano. Desse volume produzido, 1/3 vai para óleos comestíveis. O consumo per capita fica em torno de 20 litros/ano, o que resulta em uma produção de 3 bilhões de litros de óleos por ano no país. Se levarmos em consideração o montante coletado de óleos vegetais usados no Brasil, temos menos de 1% do total produzido, ou seja, 6 milhões e meio de litros de óleos usados. E o restante?
Mais de 200 milhões de litros de óleos usados por mês vai para os rios e lagos comprometendo o meio ambiente de hoje e do futuro. Se coletado, este volume poderia colaborar com 20% da produção do B8 (mistura atual do diesel com 8% de biodiesel adicionado) com custo 20% reduzido.
Hoje o óleo é o maior poluidor de águas doces e salgadas das regiões mais adensadas do Brasil. Embora o óleo represente uma porcentagem ínfima do lixo, o seu impacto ambiental é muito grande, representando o equivalente da carga poluidora de 40.000 habitantes por tonelada de óleo despejado em corpos d’água.
Apenas um litro de óleo é capaz de contaminar com óleos e graxas mais de 20 mil litros de água e formando, em poucos dias, uma fina camada sobre uma superfície de 100 m², o que bloqueia a passagem de ar e luz, impedindo a respiração e a fotossíntese.

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