Não podemos deixar nossas áreas de mananciais sofrer novas invasões!

Precisamos de parques nas margens das represas Billings e Guarapiranga!

O vereador Gilberto Natalini  encaminhou o ofício 9278/2016 ao governador Geraldo Alckimin, recomendando que seja criado um parque estadual ao longo da área da Emae, às margens da represa Billings. Estes terrenos vem sendo alvo de invasões, intensificadas nos últimos três meses, sob total beneplácito ou omissão da Prefeitura.

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A estatal Emae é proprietária do reservatório e de uma faixa ao longo de parte das margens. Como muitos de vocês devem estar acompanhando pela mídia, a empresa obteve liminar para reintegração de posse.
A Guarapiranga é fundamental para o abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo e a Billings, em sendo despoluída, também pode ser e tem maior volume que a soma das 6 represas do sistema Cantareira. Portanto é essencial não comprometer ainda mais a qualidade de suas águas, com mais invasões e por consequência mais despejos de esgoto.
Por outro lado a comunidade do entorno, anseia há anos por áreas verdes e para lazer e prática desportiva.
Portanto faz todo sentido e seria altamente benéfico destinar esta área como um presente para cidade, criando um parque do distrito Pedreira, até a divisa com Diadema e incluindo o istmo do ribeirão Grota Funda, tributário da represa.
Para a própria empresa haveria o ganho de se evitar mais poluição que prejudica o funcionamento da hidrelétrica Henry Borden em Cubatão.
Que fique claro aqui, que eu em minha trajetória de lutas populares, sempre defendi a habitação popular. Isso porém precisa ser feito de forma planejada, com o poder público oferecendo casas decentes, a custo razoável para a população carente e inclusive recorrendo a parcerias com a iniciativa privada. Não é promovendo a favelização de áreas de preservação de mananciais (APMs) que se vai resolver.
A gestão atual mantém a triste lógica de décadas de alijar a camada mais carente da população, para bem longe na periferia, onde não há boa infraestrutura ou então permitindo ocupações das APMs. Por outro lado há um “liberou geral” para as construtoras e incorporadoras nas áreas centrais valorizadas, que poderiam servir para habitações de interesse popular, sobretudo em áreas que merecem ser revitalizadas como antigos bairros industriais. Não planejando nada, não fazendo nada e não querendo ser impopular em nada, a gestão Haddad está deixando uma triste herança para nossa cidade. Isso bem ao contrário do que sempre defendi, que é “plantar meio ambiente e colher vida saudável”.
Gilberto Natalini
Médico e Vereador PV/SP

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